Produções Jornalísticas III
A IRMANDADE DOS ALCOÓLICOS ANÔNIMOS


O alcoolismo é um vício que atinge cada vez mais a população mundial, o número de adultos – e principalmente de jovens – consumindo bebidas alcoólicas em excesso tem aumentado. Além de ser um dos problemas mundiais de mais custo para os países, o abuso do álcool pode chegar a ponto de afetar o comportamento do usuário, interferindo assim na sua vida pessoal, familiar e profissional, levando muitas vezes a problemas de saúde e inclusive a morte.

A partir de graves problemas como estes com o alcoolismo, um corretor da bolsa de Nova York junto com um cirurgião de Ohio criou, em 1935, uma Irmandade com o intuito de continuarem abstêmios e ajudarem outros que ainda sofriam da doença a alcançarem a sobriedade. Surgia então, nos Estados Unidos, o primeiro grupo de Alcoólicos Anônimos.

Essa idéia cruzou as fronteiras do país e se espalhou por todo o mundo. Em várias cidades ao redor do globo - grandes ou pequenas - é fácil encontrar um grupo de pessoas reunidas com o intuito da abstinência. Na cidade de Cachoeira essa realidade não foi diferente.

João Figueiredo, cidadão cachoeirano, em busca de ajuda para seu sogro alcoólatra, criou com o apoio do grupo de Santo Amaro a primeira sede dos Alcoólicos Anônimos (AA) da cidade de Cachoeira, localizada na Rua Ana Nery, com o apoio de outros simpatizantes da causa, como Péricles Dias, Orlando Moreira, Nelinho e sua esposa Faraildes.

O atual coordenador do grupo, Valter Evangelista da Silva, 79 anos, juntou-se aos demais um ano após a criação da instituição. Sóbrio à 20 anos, seu Valter afirma que a caminhada para a abstinência é longa e cansativa, mas que a persistência e principalmente o apoio do grupo e de familiares é crucial para a vitória.

“Nosso intuito é levar aos alcoólatras sobriedade, através de reuniões, conscientização e literatura”, diz seu Valter a respeito dos valores trazidos pelo AA. Quando perguntado sobre a freqüência nas reuniões, ele fala que não há muitos membros no grupo, mas os que estão lá freqüentam o local a mais ou menos 15 anos. Já houve muitas desistências de alguns ao longo do curso, mas os próprios membros fazem esforço para ajudar uns aos outros.


Pollyanna Macêdo
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