Produções Jornalísticas I
3ª EDIÇÃO DO EBECULT SERÁ REALIZADA EM CACHOEIRA


O III Encontro Baiano de Estudo em Cultura (EBECULT), que será realizado em novembro de 2010, terá como sede o campus da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) situado na cidade de Cachoeira. “Desde a realização do I EBECULT, em dezembro de 2008, discutiu-se sobre a realização do evento aqui, na UFRB”, diz professor Luiz Nova, que começou a articular a ideia juntamente com os alunos do seu Grupo de Pesquisa. Ele teve o apoio do Colegiado de Comunicação, através do professor Robério Marcelo, da direção do CAHL, através da professora Salete Nery, gestora de pesquisa e pós-graduação, e do próprio Reitor da Universidade, Paulo Gabriel Nacif. A proposta foi levada à segunda edição do encontro, realizada na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), onde foi aprovada.

O EBECULT reúne pesquisadores e estudantes de diversos cursos de faculdades públicas e particulares do estado da Bahia, onde são apresentados vários trabalhos durante os seus três dias de realização. “A existência do encontro corresponde à importância que a cultura tem assumido na contemporaneidade. É central na construção identitária dos indivíduos e comunidades. Tem, portanto, presença importante no processo político e social[...] Assim, o Encontro Baiano de Estudos da Cultura é fruto de uma necessidade e da forte dimensão que a cultura tem em nosso Estado”, afirma Nova, que além de achar que a Universidade esta dando mais um passo na sua consolidação, deixa evidente a sua satisfação pelo evento ser realizado na cidade de Cachoeira: “Em todos os sentidos a realização do evento trará benefícios a cidade. Na reafirmação cultural, por exemplo.”

Com grande aceitação por parte dos professores e também alunos da UFRB – os quais veem tudo isso como uma grande oportunidade para a Universidade - o evento que ainda não tem a programação fechada, irá contar desde sua organização com a participação da comunidade do Recôncavo, que com certeza, será de extrema importância. É mais um momento de revelação da dimensão histórico-cultural do Recôncavo da Bahia.


Pollyanna Macêdo
Maria, Maria...
Ela sempre acorda antes do raiar do Sol
E pergunta-se porque terá que viver mais um dia.
Levanta com todo peso do mundo em suas costas
E lava seu rosto na pia de uma cozinha improvisada.
Ao sentar-se no seu velho banco de madeira, tenta sonhar...
Não consegue.
Ou logo começa sua longa caminhada, ou deixa escapar seu ganha pão.
Esse é o desjejum de Maria.

Maria de Rita, de Chiquinha, de João de Deus, de Seu Zé do milharal
Maria Rendeira, Maria das Dores, Maria da Ladeira
Essa é qualquer Maria, e nada mais.
Mais uma entre as milhares de Marias esquecidas pelo mundo
Filhas de uma pátria que nega a cria bastarda
Que esconde as ovelhas desgarradas.

No final do dia, pobre de Maria, de José e de João
Que vivem por viver,
Que sorriem por falta de lágrimas,
E que calam-se por não saber falar.