Ela sempre acorda antes do raiar do Sol
E pergunta-se porque terá que viver mais um dia.
Levanta com todo peso do mundo em suas costas
E lava seu rosto na pia de uma cozinha improvisada.
Ao sentar-se no seu velho banco de madeira, tenta sonhar...
Não consegue.
Ou logo começa sua longa caminhada, ou deixa escapar seu ganha pão.
Esse é o desjejum de Maria.
Maria de Rita, de Chiquinha, de João de Deus, de Seu Zé do milharal
Maria Rendeira, Maria das Dores, Maria da Ladeira
Essa é qualquer Maria, e nada mais.
Mais uma entre as milhares de Marias esquecidas pelo mundo
Filhas de uma pátria que nega a cria bastarda
Que esconde as ovelhas desgarradas.
No final do dia, pobre de Maria, de José e de João
Que vivem por viver,
Que sorriem por falta de lágrimas,
E que calam-se por não saber falar.
E pergunta-se porque terá que viver mais um dia.
Levanta com todo peso do mundo em suas costas
E lava seu rosto na pia de uma cozinha improvisada.
Ao sentar-se no seu velho banco de madeira, tenta sonhar...
Não consegue.
Ou logo começa sua longa caminhada, ou deixa escapar seu ganha pão.
Esse é o desjejum de Maria.
Maria de Rita, de Chiquinha, de João de Deus, de Seu Zé do milharal
Maria Rendeira, Maria das Dores, Maria da Ladeira
Essa é qualquer Maria, e nada mais.
Mais uma entre as milhares de Marias esquecidas pelo mundo
Filhas de uma pátria que nega a cria bastarda
Que esconde as ovelhas desgarradas.
No final do dia, pobre de Maria, de José e de João
Que vivem por viver,
Que sorriem por falta de lágrimas,
E que calam-se por não saber falar.