Produções Jornalísticas II
O LEGADO DO SOCIALISMO PARA A RÚSSIA CONTEMPORÂNEA


Amílcar Baiardi, pós-doutor em Ciências Humanas e atual professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e da Universidade Federal da Bahia, realizou, no dia 10 de novembro, no auditório do Quarteirão Leite Alves, uma palestra sobre a Rússia contemporânea.

Resultado de uma viagem àquele país, Baiardi dividiu sua exposição em dois momentos: primeiramente falou sobre os museus encontrados na capital, Moscou, mostrando imagens e ressaltando sua importância. E após um breve intervalo, focou sua narrativa no que denominou “O legado do socialismo para a Rússia contemporânea”.

Nesta segunda parte foi apresentada ao público uma realidade pouco conhecida sobre o país em questão. Considerado um dos quatro principais países emergentes do mundo, a Rússia tem uma boa vantagem em relação aos seus colegas Brasil, China e Índia: uma população sem grandes desigualdades sociais e sem pobreza absoluta.

Com algumas das prioridades fixadas pelo planejamento do seu antigo regime socialista – como infraestrutura, defesa nacional, educação, habitação, cultura e esporte – a sociedade russa é bem organizada e vem passando por grande desenvolvimento. As cidades são ricas em infraestrutura, principalmente Moscou, onde o sistema de transporte público é levado muito a sério. Bom exemplo disso é o metrô, destaque no mundo inteiro, devido a sua eficiência, estrutura e até mesmo arquitetura. Praças e parques foram concebidos como área de lazer e cultura, um local público para integração, onde as pessoas se reúnem e tem contato com a natureza.

A economia de mercado, apesar de criar uma elite econômica, não gerou disparidades socioeconômicas entre os seus habitantes, havendo predomínio da classe média. Não existem bairros periféricos, nem locais onde haja segregação de raças, pois habitação é direito de todos. Como a educação é posta em prioridade, as universidades são públicas, bem qualificadas e investem muito em pesquisas.

Um ponto interessante, de acordo com Baiardi, é que muitas das universidades russas estão apoiando e investindo em intercâmbios. Muitas vagas estão sendo abertas para estudantes de outros países, grande parte para os brasileiros, e o curso com este maior percentual é o de jornalismo.


Pollyanna Macêdo